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Discografia

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Ilustração de Santiago Ellwanger, para r
Ilustração de Santiago Ellwanger, para r

 

1968 - O Brasil Canta no Rio - I Festival Nacional de Música Popular Brasileira. Itamaraty/Ritmos - LP - 7049. Disco coletivo com as canções finalistas do evento, Raul com seu conjunto em O Gaúcho.

 

1968 - O Brasil Canta no Rio - I Festival Nacional de Música Popular Brasileira. CBD Discos - LP -. Disco coletivo com as canções finalistas do evento, com Orquestra Excelsior.

 

1968 - Festival Universitário da Arquitetura - finalistas. Philips- LP-R765057L. Disco coletivo.

 

1978 - Paralelo 30. ISAEC – LP 03001. Álbum coletivo com Bebeto Alves, Carlinhos Hartlieb, Cláudio Vera Cruz, Nando D’Ávila, Nelson Coelho de Castro e Raul Ellwanger.

 

1979 - Teimoso e Vivo. ISAEC – LP 03-3007, Com Wagner Tiso, Zé Gomes, Carlos Magallanes, Loma, Tenison Ramos, Cristóvão Bastos, Nana Chaves.

 

1980 - Raul Ellwanger. Bandeirantes Discos – BR 33056. Com Elis Regina, Nelson Ayres, Mutuca Weyrauch, Beto Guedes, Raul Mascarenhas. (re-montagem do anterior).

 

1982 - Meu Pé de Laranja Lima. Bandeirantes Discos – LP BR 23043. Diversas canções do autor, em álbum-trilha de novela.

 

1982 - Nova Canção do Sul. Clack – LP BR 33086. Disco coletivo, com Cenair Maicá, Cao Trein, Zé Vicente Brizola, Mario Barbará, Kledir e Kleiton, Nana Chaves, Fernando Ribeiro.

 

1983 - América do Sol. Bandeirantes Discos – LP 33068. Disco coletivo, várias canções.

 

1984 - Gaudério. RBS-Som Livre – LP 4076017. Com Jota Moraes, Mercedes Sosa, Chiquinho do Acordeón, Jamil Joanes, Pablo Milanés, Bebeto Alves.

 

1985 - La Cuca del Hombre. Abraxas-MH 14729.7. Com León Gieco, Pablo Milanês, Peteco Carabajal, Osvaldo Fatorusso, Yabor, Domingo Cura, Mercedes Sosa. - editado na Argentina, Estados Unidos e Brasil.

 

1986 - Portuñol. Independente – LP 292303, com Numa Moraes, Chichito Magallanes, Jorge Galemire, André Bedó, Atilio Macunaíma. - editado na Argentina e Brasil.

 

1992 - Luar. Discotteca LP 45104. Com Dado Jaeger, Dé Ribeiro, Pedro Figueiredo, Edílson Ávila, Fernando do Ó.

 

1992 -  RFI Découvertes   - Radio France International, coletânea com artistas da América Latina, dois temas.

 

2001 - Paralelo 30-II. UNISINOS – CD. Álbum duplo com os autores Bebeto Alves, Cláudio Vera Cruz, Nelson Coelho de Castro e Raul Ellwanger e os convidados Gelson Oliveira e Zé Caradípia.

 

2004 - Boa-Maré. FUMPROARTE – CD RLW-001. Com Maria Helena Anversa, Luizinho Santos, Fernando do Ó, Dado Jaeger, Cristóvão Bastos, Carlos Coria, León Gieco, Alex Rossi.

 

2007 - Ouro e Barro. Independente – CD RE-01-OEB. Com Plauto Cruz, Cristóvão Bastos, Muni, Pablo Trindade, Juca Nascimento, Airton Zetterman, Santiago Ellwanger, Marcelo Lehman, Juca Nascimento, Luís Palmeira.

2010 - Cabeça, Corpo, Coração. Independente – CD-I BRRLW 09. Com Verônica Condomí, Mônica Tomasi, Joca Przyczinsky, Gabriel Rivano, Miguel Tejera, Everson Vargas, Gabriel Senanes, Luciano Granja, Monica Tomasi, Bethy Krieger, Dudu Sperb.

 

2010 - Memória, Verdade e Justiça. Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. – CD. Encarte da obra Memória, Verdade e Justiça: As Marcas da Ditadura no Cone Sul. Dez canções de Raul em álbum virtual (disponível em Assembléia Legislativa, aba Escola do Legislativo).

 

2011 - País da Liberdade – Raul Ellwanger versiona em português canções de León Gieco. Independente – CD-I BRRLW 11, com León Gieco, Luis Gurevich, Renato Teixeira, Cláudio Vera Cruz, Telmo Jaconi, Fernando Galimani, Paulinho Cardoso.

2015  -  Edição virtual de canções de Gabriel Senanes, com versões ao português de Raul Ellwanger. Pequenos trechos são a trilha de abertura na página inicial deste saite.​

2014-2017 - Portuñol, Gaudério, Luar e La cuca del hombre  ganham re-edições do autor, com artes de capa de Santiago Ellwanger e faixas-bonus.

 

2016 - Cantares. Independente – CD-BRRLW 15. Com Vicente Feliú , Cecilia Pahl, Pepe Ordás, Atilio “Macunaíma” da Cunha, Pery Souza, Toti Soler, Leandro Nunes, Daniel Wolff, Paulinho Loew, Cao Trein.

2016 - Pássaro poeta. Independente – CDAA001000 – Disco coletivo com poemas de Toni Guerrero musicados por Pedro Munhoz, Dão Real, Zé Martins e Raul Ellwanger.

 

2019 - Cantata Sete Povos – a saga dos mbyá-guaraní e jesuítas. Independente.  Com Omar Aguirre, Gabriela Vilanova, Marcelo Piraíno, Paulinho Cardoso, Luizinho Santos.

2020 - Na Rua da Margem - Entre assuntos sérios e algumas comicidades, entre a Covid induzida e algumas ironias desopilantes, o álbum Na Rua da Margem traz solos poderosos de Daniel Wolff e presenças supimpas de Fernanda Kruger, Viktória Tatour, Cristina Caparalli, Giovani Berti, Nelson Coelho de Castro e outros. Romantismo, atualidade, homenagens, releituras.

2022 - Romancero, breves aquarelas em forma de canção - A gravação do álbum Romancero foi para mim uma revelação, um alumbramento. Compostas quase todas nos anos 1980 durante os quais gravei 4 vinis, haviam lá ficado aquelas 12 canções, misturadas a outras, numa improvável estante do tempo e do território, condenadas ao silencio atual e esquecimento futuro. Certos períodos de ócio motivados pela peste que se revela no verão de 2021, permitiram passar os olhos de maneira mais atenta naquelas 3 ou 4 dezenas de canções olvidadas. Criadas ao calor da correria de xous, entrevistas e viagens daqueles anos em que mais trabalhei nos palcos, feiras, palanques e emissoras, eram para mim como um acervo algo singelo, pouco trabalhado, pouco burilado, apuradas canções da estrada. Entre tantos temas, um grupo deles formava uma unidade em torno de gêneros e temáticas regionalistas. Por brotar dessa avaliação mitigada, as novidades que surgiram no curso dos ensaios e gravações foram boas surpresas!

Novidades e surpresam que surgiram do trabalho criativo de Thiago Colombo e seu inquieto violão, com a descoberta, o desvelamento e a alquimia insufladas nas canções que me pareciam corriqueiras. De sua cartola de solista, professor, arranjador e compositor, tirou algumas pepitas insuspeitadas que jaziam sonolentas nas velhas gravações de fitas cassete caseiras; deu-lhes forma, movimento, vivacidade e vitalidade, com arranjos e execuções focados  a serviço da cancionística. Com toda sua exuberância, o violão é sempre parceiro da voz e da melodia. Para 12 temas de violão e voz, é sempre precária esta harmonia.

 

Um pouco de estórias

 

Desde a publicação do texto fundador de nosso grupo musical Frente Gaúcha da MPB em 1968, eu vinha acalentando o desejo de encontrar, descobrir, inventar um estilo de composição que mesclasse tradição e modernidade. Ouvindo no exilio as criações da Trova Cubana, da Nueva Canción de Chile e muito especialmente do Nuevo Cancionero Argentino, descobri boas pistas para tal empreitada, que podemos chamar de Projeção Folclórica. Nos meus ouvidos, soavam sempre as modernas visões regionalistas de Sergio Ricardo, Edu Lobo e Gilberto Gil, das quais eu não procurava tirar copias, mas sim entender o processo criativo, o urdimento secreto e maravilhoso que parira deliciosas canções como Zelão, Cordão da Saideira e Agua de Meninos. Algo eu havia gravado em discos coletivos dos festivais universitários em 1968, como a milonga-samba O Gaúcho, mas aquela promissora semente ficou interrompida pelo peso de certas “forças ocultas” que afogaram nosso país; já nesse momento foram importantes para mim as criações de Mutinho, Lais Aquino, Canta Povo, Luis Menezes, Paulinho do Pinho, Wanderlei Falkenberg. Na retomada e novo início de carreira pessoal, a partir de 1978 com o disco coletivo Paralelo-30 e de 1979 com meu primeiro vinil Teimoso e Vivo, tentei plasmar esses sentires na forma de música popular de qualidade, com os pés na terra e os olhos no horizonte.

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